Sinopse
Foi depois de sete anos de clandestinidade e exílio que Ferreira Gullar retomou suas atividades como crítico de arte. Um dos mais argutos observadores e ensaístas da cena cultural, autor do manifesto Arte Neo Concreta, que dá régua e compasso a nomes como Lygia Clark, Hélio Oiticica e Lygia Pape, ao retornar ao Brasil, em 1977, Gullar voltou a registrar em textos curtos o que de mais significativo se produzia no período. Era uma época de embates ferozes entre a censura do regime militar, a denúncia da falta de liberdades civis e a necessidade de uma produção aguerrida ao mesmo tempo inovadora e criativa, sem resvalar no panfletário. Anos de vigor e de renovação estética, da construção de uma linguagem sintonizada às tendências mundiais, apresentados por uma escrita precisa, informada – características da intervenção intelectual de Ferreira Gullar.